A literaturização da escola e a formação dos professores mediadores de leitura: um olhar sobre as tramas que envolvem a tessitura da literatura para a infância

Resumo

A proposta de literaturizar a escola pelo viés da literatura para a infância é tema deste artigo. Discutimos a necessidade de que os cursos de formação inicial para docentes se voltem para o trabalho com os textos literários para a infância como estratégia para adentrar nas subjetividades entrelaçadas pela memória e pelos afetos dos futuros professores. Para tanto, nossa tessitura transpassa o fio da humanização de Antonio Candido ao defender o direito à literatura como bem incompressível, principalmente, no espaço escolar. Valemo-nos das teorias da área da leitura para reforçar nossa postura em defesa da necessidade de que a literatura ocupe as salas de aula e as bibliotecas, assim como os corredores, os bares e as cafeterias. Assim, duas ações de mediação de leitura a partir de textos para a infância são descritas para reforçar que a literaturização da escola perpassa pela formação de professores que estejam atentos aos distintos contextos socioculturais. Como resultados, destacamos os produtos desenvolvidos a partir das ações. Essas expressões demonstram como os textos tocaram cada um em sua individualidade e desencadearam memórias e afetos que vão ao encontro do projeto humanizador da literatura a partir da literaturização da escola.