Mapeamento sistemático: MOOC e arquitetura pedagógica

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Rosane Maria Muñoz
Simone Smiderle
Márcia Gonçalves

Resumo

Este artigo teve como objetivo mapear sistematicamente o uso de Massive Open Online Courses (MOOC) para o ensino de ciências, com a perspectiva de destacar em quais contextos esse artefato tecnológico virtual é utilizado, bem como compreender sua arquitetura pedagógica visando ao desenvolvimento da abordagem CTSA (Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente) na educação formal ou não formal como produto educacional. Definido pelo recorte temporal no período de 2017 a 2022, nos sites Portal de Periódicos da CAPES e Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD), foram coletadas as produções, com seus respectivos links, a fim de orientar outras pesquisas. Organizando a string de busca, obtivemos o resultado de 10 estudos internacionais (inglês e espanhol) e 26 nacionais (Brasil). De modo inédito, criamos 14 categorias para tecer uma análise em que os 36 estudos abordam as questões investigativas iniciais, aproximação e distanciamento. Os resultados apontam que a construção do MOOC, na maioria das vezes, mostra que se trata de mais um recurso importante que visa melhorar a compreensão de um conteúdo e/ou disciplina, principalmente no ensino superior, com a justificativa de que os sujeitos demonstram maior compreensão e aptidões com Recursos Educacionais Abertos (REA). Nos estudos nacionais, os resultados apontam a incidência no entendimento de que a criação e o uso do MOOC no ensino de Ciências também se trata de um recurso de apoio à aprendizagem. Contudo, por se tratar de conteúdos configurados para autoinstrução, nem sempre há oportunidades de atividades que estimulem o pensamento crítico dos sujeitos acerca das abordagens na perspectiva sociocientífica.

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Como Citar
Maria Muñoz, R., ALVES, S. L. S., & Oliveira, M. G. de . (2024). Mapeamento sistemático:: MOOC e arquitetura pedagógica. EduSer, 16(2). https://doi.org/10.34620/eduser.v16i2.245
Secção
Artigos
Biografias Autor

Simone Smiderle, Prefeitura Municipal da Serra

Mestra em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo - UFES (2020). Especialista em: Oratória, Transversalidade e Didática da Fala para Formação de Professores - UFES (2018); Informática na Educação pelo Instituto Federal do Espírito Santo - IFES (2015) e em Psicopedagogia pela Universidade Castelo Branco - UCB/RJ (2008). Graduada em Pedagogia - UFES (2006). Tem experiência na área de Educação, atuando nas seguintes temáticas: Educação Básica, Direito à educação, Fundeb, Federalismo, Financiamento da educação básica Políticas educacionais; Ensino de Ciências, Apropriação e uso pedagógico das TIC?s. Integra o grupo de pesquisa Federalismo e Políticas Educacionais (UFES); Membro do Laboratório de Gestão da Educação Básica do Espírito Santo (Lagebes); Membro do Comitê Capixaba da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. Tutora presencial da Licenciatura em Teatro (UnB) Polo UAB Vitória (desde 2020). Professora estatutária da Educação Básica pela Prefeitura Municipal da Serra (desde 2008), atualmente exerce a função de Diretora Escolar.

Márcia Gonçalves, Instituto Federal do Espirito Santo

Professora do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes-Cefor), Doutora em Engenharia Elétrica (2013), Mestre em Informática (2009) e Bacharel em Ciência da Computação (2002) pela Universidade Federal do Espírito Santo. Área Áreas de Interesse: Tecnologias de Análise de Aprendizagem, Ensino de Programação, Informática na Educação, Educação Profissional e Educação a Distância. Atua como Coordenadora Geral de Pesquisa e Extensão do Centro de Referência em Formação e EaD (Cefor) do Ifes e como professora do Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica em Rede Nacional (PROFEPT) e do Programa de Mestrado e Doutorado Profissional de Educação em Ciências e Matemática (Educimat) do Ifes. Atualmente coordena o Programa Corte de Lovelace no Ifes. Complementando estudos de pós-graduação, cursa o Mestrado Profissional em Teologia pela Faculdade Batista do Paraná (Fabapar).

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