As Danças Circulares como uma possibilidade de intensificação dos processos de form(ação)

Conteúdo do artigo principal

Potyra Menezes
Flávio Soares Alves

Resumo

Este artigo se inspira em minha dissertação de mestrado que versa sobre os processos de formação de focalizadores/as de Danças Circulares (DC) realizada entre 2020 e 2022. Neste recorte, pretendemos discutir acerca da formação, tomando como ponto de partida os efeitos da prática das DC na intensificação dos processos de formação dos sujeitos que nela se envolvem. Na pesquisa, foram realizadas entrevistas com focalizadores/as de DC e, na dimensão dos procedimentos, buscamos respaldo na Cartografia. Como referencial teórico-conceitual de partida, traçamos aproximações com a estética da existência Foucaultiana. Observamos, através dos relatos, que a disposição circular da dança em roda gera um campo de intensificação que afeta os sujeitos tanto em nível subjetivo quanto coletivo, uma vez que, nesse processo de intensificação da experiência, estamos imersos nos diferentes níveis de relacionamento corporal: a relação de si sobre si mesmo, com o espaço e com os outros.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
Menezes, P., & Soares Alves, F. (2025). As Danças Circulares como uma possibilidade de intensificação dos processos de form(ação). EduSer, 17(2). https://doi.org/10.34620/eduser.v17i2.374
Secção
Artigos
Biografias Autor

Potyra Menezes, UNESP - Universidade Estadual de São Paulo “Júlio Mesquita Filho”; Rio Claro - SP; Brasil.

Profa. Ms. Potyra Curione Menezes, educadora graduada em Letras, Mestre em Linguística Aplicada pela UNICAMP, Tradutora da língua inglesa, Mestre e doutoranda no Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Humano e Tecnologias pela UNESP de Rio Claro. Possui formação holística em Danças Circulares, Reiki, Estimulação neural e Meditação. Desenvolveu projetos com Danças Circulares várias instituições da cidade de Rio Claro, dentre elas, a Secretaria de Educação de Rio Claro, além de realizar rodas mensais no Horto Florestal de Rio Claro e de ministrar aulas semanais e workshops de Danças Circulares na cidade de Rio Claro.

Flávio Soares Alves, UNESP - Universidade Estadual de São Paulo “Júlio Mesquita Filho”; Rio Claro - SP; Brasil.

Prof. Dr. Flávio Soares Alves, docente do Departamento de Educação Física da Unesp de Rio Claro. Graduado em Educação Física pela Unesp de Rio Claro, Mestre em Artes pelo Instituto de Artes da Unicamp, Doutor em Ciências pela Escola de Educação Física e Esporte da USP, Pós-doutorando pelo programa de pós-graduação em Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública da USP. Responsável pelas disciplinas de graduação: "Práticas Corporais e Autoconhecimento", "Atividades Rítmicas e Expressivas" e "Dança". É pesquisador e co-criador do Grupo "E-LABORE(si) - práticas corporais e tecnologias", liderado pelo prof. Dr. Carlos José Martins (Depto. de Educação Física - Unesp - Campus de Rio Claro). É membro pesquisador dos grupos de pesquisa: "CORPUS - Educação Física + Saúde Coletiva + Filosofia" (EEFE- USP), liderado pela profa. Dra. Yara Maria de Carvalho, e grupo "Tecnologias e Processos de subjetivação" (Depto. Educação - Unesp - Campus de Rio Claro), liderado pelo prof. Dr. Romualdo Dias. É membro titular e vice-coordenador do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Instituto de Biociências da Unesp de Rio Claro. Pesquisa os movimentos da invenção, a aprendizagem do/no corpo, o cuidado de si e a arte do viver na capoeira, dança e outras práticas corporais. A partir destes focos de trabalho movimenta suas investigações, tendo como referencial teórico-conceitual e metodológico a filosofia, as artes e as ciências humanas.

Referências

Chaves, S. E. & Ratto, C. G. (2018, jan./mar.). Fronteiras da formação em saúde: notas sobre a potência da vulnerabilidade. 22(64), pp. 189-98. Interface. https://doi.org/10.1590/1807-57622016.0697

Deleuze, G. (1991). Instintos e instituições In: C. H. Escobar (org.). Dossier Deleuze. (pp. 134-137). Hólon.

Deleuze, G. (2006). Diferença e Repetição. (2ª ed.). Graal.

Deleuze, G. & Guattari, F. (1995). Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. (Vol. 1). Editora 34.

Dreyfus, H. & Rabinow, P. (1995). Michel Foucault, uma trajetória filosófica para além do estruturalismo e da hermenêutica. (Entrevista, p. 6, 2’38” a 4’20”). Forense Universitária. https://doi.org/10.24933/horizontes.v37i0.791

Ferracini, R., Hirson, R. S. & Colla, A. C. (2020). O conceito/ação de treinamento e seus deslocamentos. In: R. Ferracini, R. Hirson & A. C. Colla (orgs.). Práticas teatrais: sobre presenças, treinamentos, dramaturgias e processos. Editora Unicamp.

Foucault, M. (1985). História da Sexualidade 3: o cuidado de si. (M. T. C. Albuquerque trad.) Graal.

Foucault, M. (2004). Sobre a História da sexualidade. In: R. Machado (Org., trad.). Microfísica do poder. (20ª ed. Cap. XVI). Graal.

Foucault, M. (2006). A Hermenêutica do Sujeito. (2ª ed.). Martins Fontes.

Foucault, M. (2012). A ética do cuidado de si como prática da liberdade. In: M. B. da Mota (org.) Foucault, Michel. Ditos e Escritos V. Ética, sexualidade e política. (3ª ed., E. Monteiro & I.A. D. Barbosa Trad., pp. 258-280). Forense Universitária.

Gallo, S. (2008). (Re)pensar a Educação. In: A. Veiga-Neto & M. Rago (orgs.). Figuras de Foucault. (pp. 251 – 260). Autêntica.

Gros, F. (2008). O cuidado de si em Michel Foucault. In: A. Veiga-Neto & M. Rago (orgs.). Figuras de Foucault. (pp. 127 – 138). Autêntica.

Guattari, F. & Rolnik, S. (1999). Micropolítica: cartografias do desejo. (5a ed.). Vozes.

Menezes, P. C. Focalizadores(as) de Danças Circulares Sagradas no Brasil em seus processos de form(ação). (2022). (Dissertação de Mestrado em Desenvolvimento Humano e Tecnologias – UNESP campus de Rio Claro). Repositório da UNESP. https://repositorio.unesp.br/items/76037cd7-7cd7-42d8-8445-9868370d6b5a

Ostetto, L. E. (2006). Educadores na roda da dança: formação-transformação. (Tese de Doutorado em Educação - UNICAMP). Repositório da UNICAMP. https://www.repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/362888

Pereira, D. S. (2019). Docência, escola e escolarização – uma entrevista de Michel Foucault para a Periscope em 1975. (v. 37). Horizontes. https://doi.org/10.24933/horizontes.v37i0.791

Quilici, C. S. (2015). O Ator-performer e as Poéticas da Transformação de si. Annablume.

Ramos, R. C. (2017). Quais as dicas para um Focalizador de Danças Circulares? Canal Consciência Próspera. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=RQoHsgN0TiY

Ronilk, S. (2006). Geopolítica da cafetinagem. In: Núcleo de estudos da subjetividade – Suely Rolnik. Disponível em: https://www.pucsp.br/nucleodesubjetividade/Textos/SUELY/Geopolitica.pdf

Stone, B. E. (2018). Subjetividade e Verdade. In: D. Taylor (Ed.). Michel Foucault: conceitos fundamentais. (pp. 185-202). Vozes.

Varela, F., Thompson, E. & Rosch, E. (1992). A mente incorporada: ciências cognitivas e experiência humana. Artmed.

Zimerman, D. E. (2009). Etimologia de Termos Psicanalíticos. Artmed.