Formação docente na lusofonia: internacionalização, interculturalidade, currículo integrado e profissionalização
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Este artigo apresenta eixos basilares para a formação inicial de professores no contexto de países lusófonos, defendendo que internacionalização, interculturalidade, currículo integrador e profissionalização docente são elementos centrais do processo e considerando elos desse processo dadas as contingências sociais, culturais, linguísticas, políticas e históricas. Por conseguinte, este estudo destaca a relevância da elaboração de documentos norteadores com diretrizes abrangentes, tendo em conta a dimensão globalizada e com ênfase particular nos contextos da lusofonia.Com base em estudos bibliográficos e abordagem qualitativa, a pesquisa realça os seguintes pilares 1) internacionalizar a formação docente é fundamental para alinhamento com as tendências globais; 2) a interculturalidade é um dos pilares da cidadania global, bem como na permissão de vivências plurais; 3) um currículo integral dá sustentação a uma formação docente reflexiva, qualificada e integral; 4) reconhecer a docência como profissão destaca o papel do professor na sociedade.
Downloads
Detalhes do artigo

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Referências
Altbach, P. G. (2007). The Internationalization of Higher Education: Motivations and Realities. Journal of Studies in International Education, 11(3-4), p. 288-297.
Baumann, Z. (2012). Ensaios sobre o conceito de cultura. Zahar.
Bardin, L. (2016). Análise de Conteúdo. Edições 70.
Bhabha, H. K. (1998). O local da cultura. Tradução de Myriam Ávila, Eliana Lourenço de Lima Reis e Gláucia Renate Gonçalves. Ed. UFMG.
Bourdieu, P. (1998). La Distinction: A Social Critique of the Judgement of Taste. Harvard University Press.
Brasil (1996). LDB: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 7. ed.Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas.
Candau, V. M; Moreira, A. F. (2013). Multiculturalismo: diferenças culturais e práticas pedagógicas. 10. ed. Vozes.
Candau, V. M. (2003). Relatório da Pesquisa Universidade, Diversidade Cultural e Formação de Profes-sores. Departamento de Educação da PUC-RIO.
Castells, M. (2003). A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Zahar.
Clemente, F; Morosini, M. (2019). Competências Interculturais: interlocuções conceituais e uma pro-posta de releitura para a Educação Superior.
Clifford, V. (2016). Exploring internationalization of the curriculum through the lens of global citizen-ship. In Luna, J. M. (Org.) Internacionalização do currículo: educação-interculturalidade-cidadania global. Pontes Editores p. 13-31.
Daniel, P. (2001). Para a concepção de um currículo intercultural: Um estudo de caso do Atlântico Costa da Nicarágua. Journal of Teaching & Learning, 1(1), 1-16.
De Wit, H. (2002). Internationalization of Higher Education in the United States of America and Eu-rope: A Historical, Comparative, and Conceptual Analysis. Greenwood Press.
De Wit, H. (2011). The Internationalization of Higher Education: Global Trends and Local Realities. In: Internationalizing Higher Education.
De Wit, H; Leask, B. (2015). Internacionalização, o Currículo e as Disciplinas em Perspectivas Críticas sobre a Internacionalização do Currículo em Disciplinas. Relatos Narrativos Reflexivos de Negócios, Educação e Saúde. Sense Publishers.
Finardi, K. R. (2016). The Slippery Slope between Internationalization and Pseudo-Internationalization: Implications for Teacher Education. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, 16(3), 453-482.
Fleuri R. M. (1998). Intercultura e movimentos sociais. MOVER/NUP.
Flick, U. (2013). Introdução à pesquisa qualitativa. 3.ed. Artmed.
Fonseca, J. J. S. (2002). Metodologia da pesquisa científica. UEC.
Freire, P. (1991). A Educação na Cidade. Cortez.
Knight, J. (2004). Internationalization Remodeled: Definition, Approaches, and Rationales. Journal of Studies in International Education, 8(1), 5–31.
Lara, J. G. (2003). Lós productos humanos, instrumentos de cambio para la educación intercultural. Revista de investigación aplicada y experiências educativas, n. 8.
Laraia. R. de B. (2009). Cultura: um Conceito Antropológico. 24 ed Zahar.
Leask, B. (2015). Internationalizing the curriculum. Routledge.
Libâneo, J.C (2010). Pedagogia e Pedagogos, para quê? 12 ed. Cortez.
Marshall, H. (2005). Developing the global gaze in citizenship education: exploring the perspectives of global education NGO workers in England. International Journal of Citizenship and Teacher Education, v. 1, n. 2, p. 76- 91.
Marcelo, C. (2009). Desenvolvimento Profissional Docente: passado e futuro. Revista de Ciências da Educação, (8). Disponível em https://unitau.br/files/arquivos/category_1/MARCELO___Desenvolvimento_Profissional_Docente_passado_e_futuro_1386180263.pdf Acesso em: 15 de novembro de 2024.
Miranda, J. A. A. de, & Fossatti, P. (2018). Gestão da internacionalização da Educação Superior: desafios para o desenvolvimento do estudante global. Revista de Educação PUC-Campinas, 23(2), 273-289. https://doi.org/10.24220/2318-0870v23n2a3811
Mignolo, W. (2011). The Darker Side of the Renaissance: Literacy, Territoriality, and Colonization. Uni-versity of Michigan Press.
Morosini, M. C. (2019). Guia para a internacionalização universitária. EDIPUCRS.
Morosini, M. C; Ustárroz, C. (2016). A educação superior em um mundo globalizado: desafios para a internacionalização. In B. de S. Santos; M. P. Meneses (Eds.), Epistemologias do Sul (pp. 35-52). Edições Almedina.
Nóvoa, A. (2016). Veja cinco pontos para qualificar a formação docente, segundo António Nóvoa. Cen-tro de Referência em Educação Integral. Disponível em https://educacaointegral.org.br/reportagens/veja-cinco-pontos-para-qualificar-formacao-docente-segundo-antonio-novoa/
Nóvoa A. (1992). Formação de professores e trabalho pedagógico. Educa.
Pacheco, J. A. (2015). Educação, globalização e internacionalização: Contributos para o debate. Edu-cação e Sociedade, 36(132), 491-506.
Redecker, C. (2017). European Framework for the Digital Competence of Educators: DigCompEdu. Pub-lications Office of the European Union.
Saviani, D. (2009). História das ideias pedagógicas no Brasil. Autores Associados.
Santos, B. de S. (2002). Os processos da globalização. In B. de S. Santos (Ed.), A Globalização e as Ciên-cias Sociais (3 ed., p. 25-94). Cortez.
Silva, M. S., et al. (2021). Desenvolvimento profissional docente: perspectivas de construção de sabe-res. Revista Humanidades & Inovação, 8(56), 104–115. Disponível em https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/3686 Acessado em: 20, nov. 2024.
Schulz, M. (2016). Teachers’ professional development through international exchange programs. Journal of Teacher Education and Development, 12(3), 45-59.
Stallivieri, L. (2004). Internacionalização e intercâmbios: dimensões e perspectivas. Appris.
Tardif, M. (2002). Saberes docentes e formação profissional. 7. ed. RJ: Vozes.
Tawil, S. (2013). The internationalization of higher education: An overview of its evolution and per-spectives. In The impact of internationalization on higher education (p. 3-21). United Nations Educa-tional, Scientific and Cultural Organization (UNESCO).
UNESCO (2002). Declaração universal sobre a diversidade cultural. Disponível em: https://www.oas.org/dil/port/2001%20declara%C3%A7%C3%A3o%20universal%20sobre%20a%20diversidade%20cultural%20da%20unesco.pdf. Acesso em: 13 nov. 2024.
UNESCO. (2021). Global Education Monitoring Report. UNESCO.
UNESCO. (2022). Reimaginar nossos futuros juntos: um novo contrato social para a educação. Comis-são Internacional sobre os Futuros da Educação, UNESCO; Fundación SM.
Valle, P. R. D; Ferreira, J. de L. (2024). Análise de conteúdo na perspectiva de Bardin: contribuições e limitações para a pesquisa qualitativa em educação. In SciELO Preprints. https://doi.org/10.1590/SciELOPreprints.7697
Vygotsky, L. S. (2014). Imaginação e Criatividade na Infância. Martins Fontes.