Competências matemáticas desenvolvidas em estudantes de engenharia no Brasil: uma análise de produções científicas utilizando a metodologia methodi ordinatio
Conteúdo do artigo principal
Resumo
O presente artigo tem como objetivo identificar pesquisas sobre as competências matemáticas desenvolvidas em estudantes de Engenharia e as metodologias que contribuem para esse desenvolvimento. O estudo foi conduzido por meio de uma revisão sistemática, utilizando a metodologia Methodi Ordinatio na identificação e na análise dos dados relevantes, com delimitação temporal de 2013 até 2024, configurando-se como uma pesquisa qualitativa. Enquanto resultados, identificou-se que as principais competências incluem o pensamento estratégico, a compreensão do cálculo, a modelagem de problemas e métodos computacionais. A análise sugere que mudanças metodológicas e abordagens interativas são necessárias para minimizar os desafios no processo de aprendizagem dos estudantes nas disciplinas matemáticas e as taxas de evasão nos cursos de Engenharia no Brasil.
Downloads
Detalhes do artigo

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Referências
Associação Brasileira de Educação em Engenharia (Abenge). (2020). Comissão Nacional para Implantação das Novas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia (CN-DCNs). Associação Brasileira de Educação em Engenharia. https://www.abenge.org.br/file/RelatorioSintese%20_CN-DCNs_final.pdf
Auerbach, A. J., Higgins, E., Brickman, P., & Andres, J. (2018). Teacher knowledge for active-learning instruction: Expert–novice comparison reveals differences. CBE—Life Sciences Education, 17(1), ar12. https://doi.org/10.1187/cbe.17-07-0149.
Bianchini, B. L., et al. (2017). Competências matemáticas: perspectivas da SEFI e da MCC. Educação Matemática Pesquisa: Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática, 19(1), 49-79. https://revistas.pucsp.br/index.php/emp/article/view/30194/pdf_1
Borssoi, A. H., Trevisan, A. L., & Elias, H. (2017). Percursos de aprendizagem de alunos ao resolverem uma tarefa de cálculo diferencial e integral. Vidya, 37, 459-477.
Busto, S., Dumbser, M., & Gaburro, E. (2021). A simple but efficient concept of blended teaching of mathematics for engineering students during the COVID-19 pandemic. Education Sciences, 11(2), 56. https://doi.org/10.3390/educsci11020056
Cabral, T. C. B. (2015). Metodologias alternativas e suas vicissitudes: Ensino de matemática para engenharias. Perspectivas da Educação Matemática, 8, 208-245.
Camarena, P. (2011). Concepción de competencias de las ciencias básicas en el nivel universitário. In Dipp, A. J., & Macías, A. B. (Eds.), Competencias y Educación – miradas múltiples de una relación (pp. 88-118). Instituto Universitario Anglo Español A.C e Red Durango de Investigadores Educativos A.C.
Camarena, P. (2013). A treinta años de la teoría educativa “Matemática en el Contexto de las Ciencias”. Innovación Educativa, 13(62).
Coelho, A. S., Costa, P., & Martins, O. M. D. (2022). Uma experiência da aprendizagem baseada em problemas com alunos da Licenciatura em Marketing. EduSer, 14(2). https://doi.org/10.34620/eduser.v14i2.214
Fontes, L. S., & Gontijo, C. H. (2022). O ensino de Cálculo nas universidades brasileiras e a compreensão do conceito de limite. Vidya, 42(2), 165-180.
Gaffuri, S. L., Bazzo, W. A., & Civiero, P. A. G. (2020). A engenharia e as Diretrizes Curriculares Nacionais: Contrapontos para o ensino de Matemática. In XLVIII Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia. Evento online, Cobenge (pp. 1-12).
Ghedamsi, I., & Lecorre, T. (2021). Transition from high school to university calculus: A study of connection. ZDM – Mathematics Education, 53, 563–575. https://doi.org/10.1007/s11858-021-01262-1
Gil, A. C. (2008). Como elaborar projetos de pesquisa (4.ª ed.). Atlas.
Guimarães, G. (2019). Novas tendências de aprendizagem em engenharia: O aluno como protagonista na produção do conteúdo curricular na disciplina de Cálculo Diferencial e Integral. Revista de Ensino de Engenharia, 38(1), 81-91.
Hammad, S., Graham, T., Dimitriadis, C., & Taylor, A. (2022). Effects of a successful mathematics classroom framework on students’ mathematics self-efficacy, motivation, and achievement: A case study with freshmen students at a university foundation programme in Kuwait. International Journal of Mathematical Education in Science and Technology, 53(6), 1502-1527. https://doi.org/10.1080/0020739X.2020.1831091
Hartikainen, S., Rintala, H., Pylväs, L., & Nokelainen, P. (2019). The concept of active learning and the measurement of learning outcomes: A review of research in engineering higher education. Education Sciences, 9(4), 276. https://doi.org/10.3390/educsci9040276
Hora, E. R., Mesquita, G. G. M., & Gomes, R. B. (2017). Análise das reprovações discentes no curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Federal de Goiás (EECA/UFG). REEC - Revista Eletrônica de Engenharia Civil, 14(1). https://doi.org/10.5216/reec.v14i1.46579. https://revistas.ufg.br/reec/article/view/46579
Hsu, C. C., & Wang, T. I. (2018). Applying game mechanics and student-generated questions to an online puzzle-based game learning system to promote algorithmic thinking skills. Computers & Education, 121, 73-88. https://doi.org/10.1016/j.compedu.2018.02.002
Hsu, J. L., & Goldsmith, G. R. (2021). Instructor strategies to alleviate stress and anxiety among college and university STEM students. CBE—Life Sciences Education, 20(1), es1. https://doi.org/10.1187/cbe.20-08-0189
Hwang, G. J., Wang, S. Y., & Lai, C. L. (2021). Effects of a social regulation-based online learning framework on students’ learning achievements and behaviors in mathematics. Computers & Education, 160, 104031.
Lavi, R., Tal, M., & Dori, Y. J. (2021). Perceptions of STEM alumni and students on developing 21st-century skills through methods of teaching and learning. Studies in Educational Evaluation, 70, 101002. https://doi.org/10.1016/j.stueduc.2021.101002
Lima, J. S. (2023). Guia sobre o Mendeley: Gerenciador de referências bibliográficas. Universidade Federal do Ceará, Biblioteca Universitária. https://biblioteca.ufc.br/wp-content/uploads/2023/06/mendeley-2023.pdf
Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação [ME/CNE]. (2002). Resolução CNE/CES 11, de 11 de março de 2002. http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15766-rces011-02&category_slug=junho-2014-pdf&Itemid=30192
Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação [ME/CNE]. (2019a). Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia (Parecer CNE/CES nº 1/2019). http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=109871-pces001-19-1&category_slug=marco-2019-pdf&Itemid=30192
Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação [ME/CNE]. (2019b). Resolução nº 2, de 24 de abril de 2019. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia. Diário Oficial da União, Seção 1, p. 43.
Miranda, C. G. M., Laudares, J. B., & Tonini, A. M. (2012). Competências e habilidades matemáticas no trabalho de engenheiros do setor industrial. In 40º Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia (COBENGE). https://www.abenge.org.br/cobenge/legado/arquivos/7/artigos/103732.pdf
Nedaei, M., Radmehr, F., & Drake, M. (2022). Exploring undergraduate engineering students’ mathematical problem-posing: The case of integral-area relationships in integral calculus. Mathematical Thinking and Learning, 24(2), 149-175. https://doi.org/10.1080/10986065.2022.2028173
Niss, M. (2003). Mathematical competencies and the learning of mathematics: The Danish KOM project. In Gagatsis, A., & Papastravidis, S. (Eds.). 3rd Mediterranean Conference on Mathematics Education (pp.115-124). Atenas, Grécia: Hellenic Mathematical Society and Cyprus Mathematical Society.
Niss, M. (2011). Competencies in mathematics education – potentials and challenges. What’s the point? What’s new? What do we gain? What are the pitfalls? In XIII Conferência Interamericana de Educación Matemática (pp.1-9). https://xiii.ciaem-redumate.org/index.php/xiii_ciaem/xiii_ciaem/paper/viewFile/2883/1087
Pagani, R. N., Kovaleski, J. L., & Resende, L. M. (2015). Methodi Ordinatio: A proposed methodology to select and rank relevant scientific papers encompassing the impact factor, number of citations, and year of publication. Scientometrics, 105(3), 2109–2135. https://doi.org/10.1007/s11192-015-1744-x
Pagani, R. N., Kovaleski, J. L., & Resende, L. M. (2017). Avanços na composição da Methodi Ordinatio para revisão sistemática de literatura. Ciência da Informação, 46(2), 161-187.
Pagani, R. N., Pedroso, B., & Picinin, C. T. (2021). Ferramenta para operacionalização quantitativa, ranqueamento e organização de dados, RankIn. Patente Programa de Computador. Número do registro: 512021002568-7. Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
Passos, F. G.D., et al. (2007). Diagnóstico sobre a reprovação nas disciplinas básicas dos cursos de engenharia da UNIVASF. Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia – COBENGE, 1P14, 1–16.
Ramalho, C., Oliveira, J., & Martins, P. (2019). Análise bibliométrica das publicações do programa de Ciência, Tecnologia e Sociedade da Universidade Federal de São Carlos. RDBCI: Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, 17, e019024-e019024. https://doi.org/10.4000/rdbci.4090
Rasmussen, C., Marrongelle, K., & Borba, M. C. (2014). Research on calculus: What do we know and where do we need to go? ZDM – Mathematics Education, 46, 507-515. https://doi.org/10.1007/s11858-014-0615-x
Szabo, Z. K., Kortesi, P., Guncaga, J., & Szabo, D. (2020). Examples of Problem-Solving Strategies in Mathematics Education Supporting the Sustainability of 21st-century skills. Sustainability, 12(23), 10113. https://doi.org/10.3390/su122310113
Thompson, P. W., & Harel, G. (2021). Ideas foundational to calculus learning and their links to students’ difficulties. ZDM – Mathematics Education, 53, 507–519. https://doi.org/10.1007/s11858-021-01270-1
Trevisan, A. L. (2022). Raciocínio matemático em aulas de Cálculo Diferencial e Integral: Uma análise a partir de tarefas exploratórias. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, 1, 1-23. https://doi.org/10.28951/rbect.v1n0a3
Trevisan, A. L., & Mendes, M. T. (2018). Ambientes de ensino e aprendizagem de Cálculo Diferencial e Integral organizados a partir de episódios de resolução de tarefas: Uma proposta. Revista Brasileira de Ensino e Tecnologia, 11(1), 209-227.
Weinhandl, R., Lavicza, Z., Hohenwarter, M. & Schallert, S. (2020). Enhancing flipped mathematics education by utilising GeoGebra. International Journal of Education in Mathematics, Science and Technology (IJEMST), 8(1), 1-15.
Zabala-Vargas, S. A., García-Mora, L., Arciniegas-Hernández, E., Reina-Medrano, J., De Benito-Crosetti, B., & Darder-Mésquida, A. (2022). Didactic Strategy Mediated by Games in the Teaching of Mathematics in First-Year Engineering Students. Eurasia Journal of Mathematics, Science and Technology Education, 18(2). https://doi.org/10.29333/ejmste/11707
Zarpelon, E., Resende, L. M., & Reis, E. (2017). Análise do desempenho de alunos ingressantes de Engenharia na disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I. Interfaces da Educação, 8(22), 303-335.